Senador criticou texto que atrela emendas à mudança na
meta fiscal. Congresso tenta
votar nesta quarta texto que derruba meta de superávit.
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| Foto: Aécio Neves |
O presidente do PSDB, senador
Aécio Neves (MG), subiu à tribuna da sessão do Congresso Nacional nesta
quarta-feira (4) para, em tom bastante exaltado, dizer que a presidente Dilma
Rousseff coloca o Legislativo de “cócoras” e coloca “preço” nos parlamentares
ao condicionar a liberação de emendas à aprovação do projeto que derruba a meta
fiscal prevista para 2014.
O decreto presidencial autoriza a liberação de
mais R$ 444 milhões para o pagamento de emendas parlamentares, verbas usadas
por deputados e senadores para bancar obras em seus redutos eleitorais. No
atento, atrela a verba à aprovação do projeto da meta fiscal, de interesse do
governo. Com o decreto, cada parlamentar passaria a ter direito a cerca de R$
750 mil a mais
“Hoje a presidente coloca de cócoras o
Congresso Nacional ao estabelecer que cada parlamentar tem um preço. Os
senhores que votarem a favor dessa mudança valem 748 mil reais. Essa é uma
violência nunca vista nessa casa. Eu estarei aqui atento ao cumprimento da Lei
de Responsabilidade Fiscal”, disse Aécio, com dedo em riste.
Em seguida, o microfone do senador foi cortado porque já havia se esgotado seu tempo regimental – o corte é automático. Aécio continuou o discurso aos gritos e reiterou que os parlamentares que votarem favoravelmente ao projeto estão interessados em receber suas emendas e “talvez mais cargos para os senhores da base”. “É triste o dia de hoje”, concluiu.
Em seguida, o microfone do senador foi cortado porque já havia se esgotado seu tempo regimental – o corte é automático. Aécio continuou o discurso aos gritos e reiterou que os parlamentares que votarem favoravelmente ao projeto estão interessados em receber suas emendas e “talvez mais cargos para os senhores da base”. “É triste o dia de hoje”, concluiu.
O plenário ficou bastante agitado, com
oposicionistas aplaudindo e governistas vaiando o candidato que perdeu as
eleições presidenciais de outubro.
Para Aécio Neves, o projeto apresentado pelo governo federal “fere de morte” a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Busca-se dar à presidente da República a anistia pelo crime de responsabilidade por ela já cometido”, afirmou.
Para Aécio Neves, o projeto apresentado pelo governo federal “fere de morte” a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Busca-se dar à presidente da República a anistia pelo crime de responsabilidade por ela já cometido”, afirmou.
O senador ainda citou declarações de Dilma
Rousseff feitas durante a campanha eleitoral, e que, agora, segundo ele, estão
sendo “desmentidas”. A presidente teria dito em setembro que “o Brasil não está
desequilibrado” e que o governo não acreditava em “choque fiscal”, conforme
Aécio. “Hoje o governo reeleito anuncia intenção de promover choque fiscal que
pode chegar a 90 milhões”, contrapôs o tucano.
“Em agosto, a presidente da República disse ‘acredito que teremos condições de cumprir o superávit primário previsto no inicio do ano’. Hoje a presidente da República coloca de joelhos a sua base no Congresso Nacional”, afirmou.
“Em agosto, a presidente da República disse ‘acredito que teremos condições de cumprir o superávit primário previsto no inicio do ano’. Hoje a presidente da República coloca de joelhos a sua base no Congresso Nacional”, afirmou.
O líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP),
anunciou que seu partido votará favoravelmente ao projeto que trata da meta
fiscal e cobrou um pedido de desculpas de Aécio por ter “generalizado” os
parlamentares.
“O senador Aécio acusou quem vai votar sim de
estar sendo comprado”, afirmou. “Peço que o senador Aécio Neves não faça
generalizações, mas peça desculpas porque não vamos aceitar esse tipo de
coisa”, cobrou o deputado.

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